A Segunda Quarentena da Costura, mudou muitas vidas. Um exemplo disso, é a aluna Mirian Gonçalves, que adquiriu o CMC e também o Curso de Vestido de Festa Infantil. Apesar de ser formada em Enfermagem, sempre possuiu o sonho de trabalhar com moda, hoje ela se dedica a costurar vestidos infantis, além de toucas, máscaras e bonecas.
Julianne: Como você começou a fazer vestidos infantis?
Mirian: No Curso da Diana, os primeiros não deram muito certo. Queria eu mesma fazer sob medida mais ficou comprido na para minha nenê e as mangas nunca conseguia acertar. Os acabamentos ficavam bom mais desproporcionais. Depois que treinei e olhei mais vezes os detalhes consegui ir melhorando.
Julianne: Mas os vestidos infantis são o seu nicho ou você também faz outras peças?
Mirian: Eu nunca havia costurado por encomenda até a pandemia. Tinha uma máquina doméstica quadrada que fazia algumas coisas, de curiosa. Me formei em enfermagem em 2020 e daí veio a pandemia. Tenho problema de depressão e quando percebi que a pandemia iria me afetar comecei a fazer máscaras e então conheci a Diana em uma quarentena da costura. Comprei o curso dela e junto comprei o infantil e não parei mais. Aí fiquei no infantil para ter um nicho e me aperfeiçoar como Diana sempre diz.
Julianne: Algum dia você se imaginou produzindo vestidos infantis tão lindos?
Mirian: Não, sempre tive este sonho, mas aí escolhi a faculdade pois meu marido disse que moda era hobby e não profissão. Por isso fiz enfermagem, e nas horas de folga costurava algumas coisas, como roupas para meu neto, lençóis e outras coisa. Sempre tive facilidade de aprender coisas de costuras.
Julianne: Como você lidou ao receber sua primeira encomenda?
Mirian: Fiquei nervosa, mas treinei muito antes e não disse que não. Me animei e fui bem confiante tirar as medidas da menina.
Julianne: Qual a diferença da Miriam de antes do curso de Vestido de Festa Infantil para a Miriam de hoje?
Mirian: Antes eu era uma pessoa que vivia correndo, começava as coisas e não terminava. Hoje sou uma pessoa tranquila, passo mais tempo com minha família e mais segura no que eu estou fazendo. Diria que mais confiante em mim mesma e que não tem idade para se realizar sonhos.
Julianne: E você tem gerado uma boa renda através da costura?
Mirian: Eu adquiri 3 máquinas, duas eu já paguei e faço 5 cursos ao mesmo tempo, pago eles com a costura, ajudo minha filha com meu neto. Mas nunca fiz o balanço de tudo que entra e sai, sei que consigo hoje com a costura em torno de 2.500 quando o mês não está muito bom. Na época de máscara, eu tirei bem mais que isso, pois estava sempre inovando, trazendo modelos novos, um mino para dar, até dei dica para as meninas do grupo, para as máscaras delas se destacarem.
Julianne: Você tem atelier?
Mirian: É uma história interessante. Eu tinha um quarto que quando meus filhos vinham me visitar ficam nele e hoje, o quarto que tinha apenas uma máquina doméstica em um canto está se transformando em sonho.
Julianne: E tudo isso de 2020 pra cá?
Mirian: Sim, depois da quarentena da costura. O manequim meu esposo me deu, mas eu não tinha nada. Tudo que tenho agora comprei com dinheiro da costura. Algumas coisas ganhei de aniversário. Eu tinha apenas estas tesouras e a máquina doméstica. Já passei noites costurando. Depois eu me organizei até mesmo com os horários, e a maior regra que aprendi, é que temos que buscar conhecimento, exige um pouco de esforço para conciliar tudo.
Julianne: Você ainda continua vendendo toucas e máscaras?
Mirian: Sim. Aproveito estas coisas para treinar pois são curvas pequenas. Enquanto tiverem usando vou continuar. Pois as pessoas não se dão conta que 10 máscaras que você faz aqui na minha cidade é 100 reais que entra. E eu faço em 40 minutos. Hoje mesmo tinha 10 para entregar.
Julianne: Você tem mais vendas com pronta entrega ou encomendas?
Mirian: Encomendas sai mais, mas agora eu fiz uma estratégia para vender as prontas, fazendo promoções.
Julianne: As suas vendas são físicas ou online?
Mirian: Físicas e online, às vezes pelo Facebook. Pelo Instagram nunca vendi, já postei mas não tive retorno. E agora começou o boca a boca. Com esta pandemia as festas foram adiadas por isso as clientes não me marcam, pois a maioria é para foto de estúdio.
Julianne: Pra finalizar, qual dica você daria para uma pessoa que escolheu os Vestidos de Festa Infantis como nicho?
Mirian: Eu diria que precisa ter comprometimento e treino. É um nicho maravilhoso, depois de pronto você nem acredita que foi você mesma quem fez. Depois disso, é usar a imaginação, pesquisar o que está em alta. Eu estou sempre pesquisando até mesmo os acessórios. Aprendo de tudo para que as clientes não me peguem desprevenida.
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